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terça-feira, fevereiro 14, 2012

Cientistas mantêm vivas larvas de moscas congeladas


Larvas foram alimentadas com substância que protege do frio.
Pesquisa é um passo para a conservação da vida pelo congelamento

Imagens mostram congelamento gradual das larvas da mosca da fruta, de -1ºC até -4ºC (Foto: Divulgação)
Imagens mostram congelamento gradual das
larvas da mosca da fruta, de -1ºC até -4ºC
(Foto: Divulgação)
Cientistas conseguiram congelar larvas da mosca da fruta, com temperaturas abaixo de zero, e fazer com que elas continuassem vivas e capazes de voltar à temperatura normal. A pesquisa da Academia de Ciências da República Tcheca foi publicada nesta segunda-feira (13) pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
É um dos passos iniciais na direção da criogenia – a conservação da vida pelo congelamento, comum na ficção científica. “É um passo bem pequeno, mas bem importante”, disse ao G1 Vladimir Kostal, autor da pesquisa. Ele deixou claro que a aplicação da tecnologia em mamíferos está muito distante.
As larvas foram expostas a uma temperatura de cinco graus negativos, e metade da água em seus corpos virou gelo. Elas sobreviveram porque receberam dos cientistas uma dieta rica em prolina – um aminoácido comum nos seres vivos, que já tinha se mostrado útil contra o frio em uma pesquisa anterior.
Estudando moscas nativas de regiões árticas, a equipe de Kostal havia descoberto que as larvas dessa espécie têm um grande estoque da substância. O entomologista não sabe explicar ao certo, no entanto, por que a prolina protege os insetos do frio.
A mosca da fruta é nativa da África e não sobreviveria ao inverno europeu na natureza – ela se adaptou ao continente porque se abriga em ambientes feitos pelo homem. Por isso, o sucesso da experiência de congelamento foi visto pelo próprio Kostal como uma “surpresa”.


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